Varizes pélvicas são a presença de veias dilatadas e tortuosas na cavidade pélvica, normalmente ao redor dos órgãos reprodutores (útero, ovários e trompas). Suas principais causas são semelhantes às das varizes dos membros inferiores (veja aqui), com um destaque maior para o período de gestação, no qual o quadro pode se agravar consideravelmente.
A respeito da gestação, uma dúvida frequente é “quem tem varizes pélvicas pode engravidar?”. A resposta é sim, pois as varizes pélvicas não causam infertilidade. Porém o ideal é que o tratamento seja realizado antes, já que a gravidez pode piorar bastante o quadro.
Os principais sintomas associados às Varizes pélvicas são:
- Dor no andar inferior do abdome (“pé da barriga”) que piora ao final do dia, após longos períodos em pé e/ou atividade física
- Dor durante ou após a relação sexual
- Sensação de peso na região genital
- Intensificação das cólicas e do fluxo de sangramento no período menstrual
- Incontinência urinária.
Eventualmente podem provocar o aparecimento de veias dilatadas na região da vulva, vagina, glúteos e/ou na parte superior das coxas.
O diagnóstico normalmente é feito pelo médico ginecologista através da anamnese e do exame clínico. Alguns exames complementares podem ser bastante úteis para confirmar o diagnóstico e estabelecer com precisão a extensão do problema. Os mais usados são ultrassom pélvico ou transvaginal com doppler e angioressonância. Interessante observar que os exames complementares podem servir para afastar outras possíveis causas para os sintomas referidos, visto que em alguns casos eles são inespecíficos.
O tratamento, inicialmente, é feito com medicações orais que ajudam a controlar os sintomas e diminuir a dilatação das veias associado a algumas medidas posturais, como evitar longos períodos em pé e fazer pequenas pausas para descansar deitada (especialmente nos momentos de dor mais intensa). A prática de exercícios físicos de baixa intensidade (ex.: caminhada) também é recomendável. Infelizmente a terapia medicamentosa nem sempre é efetiva e por vezes é necessário partir para o tratamento cirúrgico. Atualmente a técnica endovascular é a mais indicada, com a realização de embolização das veias doentes, que provoca o entupimento delas e desvio do sangue para a circulação saudável.
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